Vermelho Cigano
Ao cair daquela tarde, as ruas estavam vazias.
Um céu cor de sangue, no crepúsculo adormecia.
As portas das casas do arraial, abertas, não se viam.
Não muito distante do bronze da capela,
Um povo nômade, em um terreno, se estabelecia.
E para aquele lugar, soldados à noite marchariam.
“Todos estão presos”, dizia o sargento!
Mas já não adiantava não.
As balas se fizeram ouvir primeiro
Naquele pedaço de chão.
No outro dia, quando a aurora reluzia,
Naquele terreiro só se via,
Uma cor vermelha e fria,
Marca de uma noite de desespero e agonia.